Gasolina ou álcool: qual o melhor para o seu veículo

Gasolina ou álcool: qual o melhor para o seu veículo

Uma das vantagens de mais pessoas terem um carro flex na garagem é a liberdade de escolher o combustível que mais compensa para elas financeiramente. Com isso, essa tecnologia evita que o motorista fique preso às definições do motor de fábrica e tenha que pagar por um combustível mais caro em momentos de reajuste.

No entanto, com isso, vem aquela clássica dúvida: álcool ou gasolina na hora de abastecer? No texto abaixo, entenda como funciona o desempenho com cada um deles e o cálculo necessário para descobrir a melhor alternativa para o seu bolso.

Desempenho

O primeiro ponto que vale a pena ser observado é o desempenho que cada combustível apresenta. Em um carro flex, é até possível misturar a gasolina e o álcool, mas cada um dos compostos apresenta rendimento diferente quando utilizados separadamente. De uma maneira geral, o álcool (etanol) apresenta um rendimento de cerca de 30% menos que a gasolina. Esse é o motivo pelo qual, por muito tempo, trafegar utilizando o etanol acabava pesando mais no bolso do motorista.

Contudo, com a chegada e a popularização da tecnologia flex nos motores, esse cenário mudou. Descobrir qual era a melhor opção para o seu veículo exigiu que se fizessem cálculos para encontrar qual composto compensava mais para o carro.

O motivo disso é que cada tipo de combustível tem sua própria estrutura de preço. É por isso que, nos postos de combustíveis, há valores separados para cada um deles. Tanto que para auxiliar os motoristas, os postos também colocam a diferença nos valores por litro em percentual, tornando mais fácil entender se compensa abastecer com o álcool.

Mas para fazer essa conta, também é preciso considerar de que forma o motorista utiliza o carro no seu dia a dia. Historicamente, o consumo dos carros é maior nas cidades, uma vez que os veículos se locomovem com velocidade mais baixa se comparada a da estrada.

Com isso, cada estilo de direção terá impacto no gasto final. Para quem utiliza o carro apenas na cidade, sem viajar, há mais vantagens em utilizar um tipo de combustível. Entretanto, se a rotina do motorista demanda que ele viaje com frequência, torna-se mais vantajoso utilizar outro tipo.

Diferença nos valores e cálculo

Como fazer o cálculo para encontrar a melhor opção? A boa notícia é que, na verdade, ele é bem simples de ser feito: basta dividir o preço do litro do etanol pelo valor do litro da gasolina. Caso o resultado seja menor que 0,7, a melhor escolha é por etanol no tanque. No entanto, se o valor da conta for superior a 0,7, você faz economia ao colocar gasolina.

Contudo, como explicado, também deve-se levar em conta a maneira que o veículo é utilizado normalmente e como é o seu desempenho em diferentes situações. Isso porque a diferença nesse desempenho também precisa ser semelhante à disparidade de preço.

Para exemplificar, veja como é o gasto do Gol 1.0 MT. Na cidade, o seu rendimento médio é de cerca de 8,9 km/L com álcool e, com a gasolina, é de 13,1 km/L. Ao dividir os valores, o resultado é de 0,67. Assim, para que a diferença de preço explicada seja de fato vantajosa, o valor da divisão entre o preço do etanol e o da gasolina deve ser inferior a 0,67.

Já no caso da estrada, a diferença é pequena e mais próxima do considerado ideal. O veículo tem um rendimento de 10,4 km/L com álcool e 14,9 km/L com gasolina. Como o resultado é 0,69, só é possível poupar dinheiro quando o valor do etanol é, no mínimo, 0,68 menor que o preço da gasolina.

Poluição

Não se pode desconsiderar, ainda, as diferenças em relação ao impacto no meio ambiente que cada um desses combustíveis apresenta. No caso da gasolina, ela lança na atmosfera gases que prejudicam não apenas o meio ambiente, como também a saúde humana. No entanto, o derivado do petróleo ainda é uma alternativa que agride a natureza com menos impacto do que o diesel, por exemplo.

Já o álcool é ainda menos agressivo, pois emite menos gases poluentes. Na média, a queima do combustível produz 35% menos óxido de nitrogênio (NO) e 25% menos monóxido de carbono quando comparado à gasolina. Apesar dessa diminuição importante, não se engane: ele também polui a atmosfera, liberando nela poluentes como o dióxido de carbono, que contribui para o aquecimento global e o efeito estufa.

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