Mulheres na velocidade: cresce número de profissionais

Mulheres na velocidade: cresce número de profissionais

Mulheres no esporte vencendo as barreiras do machismo

Vencer as barreiras do machismo não foi e ainda não é uma tarefa nada fácil. Todos os dias a superação da qual as mulheres precisam enfrentar vêm de diferentes lugares como, por exemplo, o mercado de trabalho, divergências de cargos e salários, o perigo das violências, feminicídio, assédio, entre outros riscos que fazem parte da vida da mulher até hoje. 

Apesar de toda luta para que haja a igualdade entre gêneros, há ainda um longo caminho a ser percorrido. No esporte, a luta feminina por espaço começou há alguns anos, mas graças as incansáveis reivindicações contra a disparidade, tem assegurado lugares no universo esportivo que, inclusive, eram reservados somente para a participação masculina. 

Atualmente, a presença feminina no esporte tem crescido, seja com as unhas bem feitas, com os cabelos arrumados, com capacetes femininos street bem decorados, podemos encontrar mulheres no surf, no MMA, no automobilismo e outras modalidades competitivas, que estão provando cada dia mais, que o lugar da mulher é onde ela quiser. Mas, afinal, será que sempre foi assim? Acompanhe o texto na íntegra para descobrir!

Olimpíadas 1990: o direito de competir pela primeira vez

A participação feminina no mundo esportivo ocorreu pela primeira vez nas Olimpíadas de 1990. Por causa da dificuldade de inserção de mulheres nos jogos, entre 997 atletas, somente 22 mulheres puderam competir, ou seja, 2,2% dos atletas eram do sexo feminino. 

A maior parte das modalidades era considerada um esporte para “homens”. Por isso, a primeira edição, que aconteceu em Atenas, em 1896, contou com somente a participação masculina. No entanto, só foi quatro anos depois que as mulheres ganharam notoriedade, disputando: 

  • o tênis; 
  • a vela;
  • o croquet;
  • o hipismo;
  • o golfe.

Contudo, os eventos eram exclusivamente femininos para as competições de tênis e golfe. A primeira competidora a participar e a ganhar medalha de ouro foi Hèlène de Pourtales, na competição de vela, em 22 de maio de 1900. No tênis, quem venceu levando a melhor categoria individual foi a britânica Charlotte Cooper. 

No entanto, a presença feminina nas competições só foi oficializada 4 anos mais tarde. Além disso, nesse mesmo período, entre 1904 a 1908 surgiram novas modalidades, sendo tiro com arco e patinação artística, na qual a arqueira britânica Queenie Newall garantiu a medalha de ouro, destacando-se entre os 25 competidores presentes. Apesar de ainda ser muito restrita a participação das mulheres nos jogos, foi em 1908 que começou a inserção das mulheres no esporte.

Dias atuais: mulheres no esporte

Quem nunca ouviu que o lugar de mulher é na cozinha? Só comprova que essa afirmação é totalmente equivocada, pois a cada avanço no tempo, as mulheres solidificam que elas têm espaço em qualquer ambiente, derrubando barreiras impostas por crenças limitantes que julgam as capacidades físicas e intelectuais femininas. 

No esporte, infelizmente, uma das últimas categorias a criar um espaço para competidoras foi o meio automobilístico, mas engana-se quem acredita que não houve nunca uma mulher pilotando na Fórmula 1. Nomes como o de Maria Teresa de Fillips podem ser ressaltados, já que foi a primeira a correr em 1950 pela Maserati e depois pela Porsche, garantindo o 10º lugar. Depois dela, o evento contou novamente com a participação de outra mulher somente em 1976, com a italiana Lella Lombardi. 

A F1 é uma das últimas modalidades esportivas a inserir um campeonato de mulheres. Contudo, esse ano lançará uma categoria feminina exclusiva como entrada para a F3, com o intuito de desenvolver jovens de 16 anos ou mais para se tornarem profissionais. No Brasil e no mundo, as mulheres se destacam nos esportes dominados por sua maioria masculina, mas que já possuem categorias femininas como:

  • boxe feminino – Beatriz Ferreira;
  • futebol – Marta Vieira da Silva;
  • skate – Rayssa Leal;
  • surf – Carissa Moore;
  • snowboard – Chloe Kim;
  • natação paraolímpica – Maria Carolina Gomes Santiago.

Portanto, se aquelas mulheres, competidoras pioneiras, pudessem vislumbrar o futuro delas, certamente, festejariam vitoriosamente como se tivessem ganhado novamente a primeira medalha da história das mulheres no esporte. Todas as batalhas vencidas até agora e as que precisam vencer, só comprovam que as mulheres não são nenhum um pouco o sexo frágil.

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